22 março 2021

DAVID BOWIE derrubou o muro de Berlim

Em Heroes, Bowie virou-se para o lado oriental e disse: É pra vocês!


Bowie virou-se para o lado oriental do muro e, antes de iniciar a música Heroes, disse: Essa é pra vocês!


Berlim,véspera do lendário concerto em Berlim, em 1987, David Bowie passou o dia no lado oriental. Não tínhamos a menor ideia do que ele tinha ido fazer lá, do outro lado do muro.

Aliás, naquela época, ninguém imaginava que algo, um dia, pudesse demover aquela estrutura de concreto bem armado que dividia o mesmo povo em dois mundos. Muito menos que a queda se desse de forma tão inusitada.

A propósito, desde a fundação da primeira Berlim, em 1237, na parte onde está a ilha dos museus, Museusinsel e sua fusão, setenta anos depois, com o lado norte do rio Spree, quando se formou a cidade dupla, as histórias que compõe a História das Berlins se dividem em trágicas, cômicas e, também, inusitadas.

Depois de passar por vários distúrbios sociais, acrescidos de pestes, guerras e incêndios, a cidade iniciou sua ascensão quando se tornou capital da Prússia e residência oficial do rei. Friedrich III, que era um reles príncipe, conseguiu a promoção após sua autocoroação, transformando-se em Friedrich I, o rei da Prússia.

Mas o cara não estava ali para brincadeira. Iniciou um processo de desenvolvimento da cidade, construindo grandes jardins públicos, avenidas, como a famosa Unter den Linden e, antes de bater as botas, passou o bastão para outros Friedrichs.

Seus sucessores não só deram continuidade à ambiciosa intenção, como ainda, de lambuja, a transformaram na cidade industrial mais importante da Prússia.

Além disso, os investimentos em ciências, artes e cultura fizeram com que Berlim passasse a ser o centro do iluminismo. Por esta razão, pensadores, artistas e arquitetos eram atraídos para lá. Nas décadas posteriores foram construídos por Schinkel edifícios dum classicismo pomposo.

Também Lenné criou jardins públicos de um valor artístico esplendoroso. Não fosse outro ambicioso melar os planos, um cara chamado Napoleão, que invadiu, bateu e mandou prender, a fundação do Império Alemão poderia ter demorado menos.

Mesmo assim, em 1871, Berlim se tornou a capital desse império e os Friedrichs, que agora eram Wilhelms, acabaram se metendo numa encrenca das grandes: a primeira guerra mundial, cujo desfecho todos nós conhecemos.

Mas depois da divisão da Alemanha em oriental e ocidental, que resultou na construção daquele muro horroroso que cercava a cidade de Berlim, incrustada no meio da Alemanha oriental, outras histórias passaram a compor a Crônica Alemã.

Muitos escritores tiveram que produzir no exílio, outros permaneceram em solo comunista, cujas primeiras produções se baseavam em romances dedicados às tragédias da guerra e, também, temas que idealizavam o universo do trabalhador.

Nos anos 60 a produção literária passou a contar com obras mais realistas, que tentavam superar a dicotomia entre trabalho manual e intelectual. Mas foi Christa Wolf quem tematizou, pela primeira vez, a divisão alemã em O Céu Dividido de1963 e Jurek Becker se dedicou à crítica ao cotidiano da Alemanha oriental.

Na década seguinte ainda haveria o subjetivismo de Sarah Kirsch e Stefan Heyn, mas os anos que antecederam a queda, os não menos tumultuados anos 80, eram tempos em que a roqueira Nina Hagen frequentava um bar chamado Risiko e que o monomotor do jovem Mathias, de apenas 19 anos, pousou em plena praça vermelha, diante do Kremlin, num rasante que decepou as cabeças mais altas dos mais altos generais russos.

Naquela noite de sete de junho, o camaleão do rock subiu ao palco, que tinha como fundo o majestoso parlamento alemão - Reichstag, para fazer história.

Eu e outros sessenta mil jovens nos espremíamos naquele gramado da Praça da República para ver e ouvir um Bowie que – presença de palco - parecia ter três metros de altura.

De repente a música parou, começou-se a ouvir um ruído que parecia uma espécie de protesto.

A gritaria vinha do outro lado do muro, que ficava imediatamente atrás do Reichstag. No lado oriental, outra multidão ouvia Bowie, mas não podia vê-lo.

Aos gritos de O muro tem que sair, e nós também queremos ver, pessoas eram contidas por soldados que não hesitaram em usar a força para tentar dissipar os fãs, que não se intimidaram.

Nesse instante, Bowie virou-se para o lado oriental do muro e, antes de iniciar a próxima canção, disse: Essa é pra vocês!

Cantou a clássica música que conta a história de dois amantes que se encontram no Muro de Berlim: Heroes. Todos nos sentimos heróis por um dia.

Tempos depois, se soube que havia equipamentos, caixas de som virados, estrategicamente, para o lado oriental e também que no dia anterior, Mr. Bowie, havia se encontrado e articulado o movimento com jovens alemães orientais. Ele não tinha ido a passeio.

Naquele dia, o muro começou a cair.

David Bowie Glass Spider tour live full concert 87

O vídeo do Youtube foi proibido para nosso país, mas você poderá assistir no seguinte link:



15 março 2021

WATERSHAPE

Watershape toca rock progressivo influenciada pelas bandas dos anos 70


Watershape toca rock progressivo influenciada pelas bandas dos anos 70


A banda foi fundada em 2014 por Francesco Tresca, baterista do Arthemis e ex Power Quest e Hypnotheticall, junto com Mirko Marchesini, guitarra ex Sonum e ex Hypnotheticall), Mattia Cingano, baixo ex Hollow Haze, Enrico Marchiotto nos teclados e Nicolò Cantele no vocal.

Watershape toca música progressiva influenciada pelo rock progressivo dos anos 70 com King Crimson, Genesis, Gentle Giant, ... e pelo metal progressivo moderno tipo Dream Theater, Pain of Salvation, Opeth, ..., muito próximo, em alguns aspectos, de o conceito de artistas como Steven Wilson e o Porcupine Tree.

Depois de terem lançado 2 singles e alguns covers, em 2018 é lançado o primeiro álbum intitulado Perceptions.

O título do disco reflete a ideia de que todos podem perceber as diferentes músicas de uma forma diferente, também dentro das composições existem diferentes matizes e estilos que podem despertar várias emoções no ouvinte.


O álbum recebe excelentes críticas


A banda promoveu o álbum ao vivo durante 2018 e 2019, também apoiando bandas como Claudio Simonetti's Goblin e Secret Sphere.

Em 2020 a banda completa a gravação e mixagem / masterização do segundo álbum intitulado You are not, o que representa um grande passo no desenvolvimento de um estilo cada vez mais pessoal.

O álbum será lançado pela Elevate Records em todas as plataformas digitais e em formato físico, vinil colorido, precedido de um single e um vídeo.

Em breve novos detalhes sobre a arte e a data de lançamento do álbum.



02 março 2021

THE PROG COLLEVTIVE

O The Prog Collective é o melhor super grupo de prog já criado


Reunião de artistas incríveis do gênero rock progressivo em um único disco


O The Prog Collective foi criado por Billy Sherwood, que mesmo a distância reuniu grandes nomes do rock progressivo para gravar um álbum, conforme ele mesmo relata abaixo:

A ideia de montar uma coleção de artistas incríveis do gênero rock progressivo em um único disco foi um conceito especialmente emocionante para mim.

Inspirado, comecei a escrever e gravar as 7 músicas que se tornariam este álbum. Enviei essas gravações para alguns dos meus amigos e heróis musicais de bandas como King Crimson, XTC, Ásia, Gentle Giant e, claro, minha antiga banda Yes.

Logo, comecei a receber faixas vocais e overdubs de guitarra e teclado de estúdios de todo o mundo, que depois mixei no meu estúdio de gravação em Los Angeles.

Apesar das distâncias geográficas, no entanto, o sentimento de toda a produção é de unidade musical e espiritual - The Prog Collective! - Billy Sherwood

O maior super grupo de Rock Progressivo já montado! Apresenta performances de:

John Wetton (Asia), Tony Levin (King Crimson), Jerry Goodman (Mahavishnu Orchestra), Richard Page (Mr. Mister), Geoff Downes (Yes/Asia), Alan Parsons (Alan Parsons Project), Chris Squire (Yes), Rick Wakeman (Yes), Gary Green (Gentle Giant), Annie Haslam (Renaissance), Steve Hillage (Gong), John Wesley (Porcupine Tree), Tony Kaye (Yes), Colin Moulding (XTC) e muito mais!

Os fãs já estão divulgando esta versão em blogs e fóruns, e geraremos mais interesse por meio de uma grande campanha publicitária que incluirá anúncios impressos ao consumidor na revista Prog e muito mais!"

Fonte:theprogcollective.bandcamp.com/releases acesse o link você pode adquirir o álbum físico ou digital.