17 dezembro 2023

THE SMITHS

The Smiths: Música, Poesia e Ironia de uma das Maiores Bandas Inglesa



The Smiths: Música, Poesia e Ironia de uma das Maiores Bandas Inglesa murder


Olá, amantes do bom e velho rock'n'roll! Hoje, proponho explorarmos uma das bandas mais icônicas e influentes da cena musical britânica dos anos 80: The Smiths.

Se você é fã de letras introspectivas, riffs de guitarra envolventes e um toque de ironia, prepare-se para uma viagem musical que começou nas movimentadas ruas de Manchester em 1982.



Os anos 80 em um Inglaterra muito turbulenta


A Inglaterra dos anos 80 foi marcada por um período de turbulência política, social e econômica.

O governo conservador de Margaret Thatcher implementou uma série de medidas neoliberais, como a privatização de empresas estatais, o corte de gastos sociais, a flexibilização das leis trabalhistas e a redução dos impostos para os mais ricos.

Essas políticas geraram um aumento da desigualdade, do desemprego, da pobreza e da violência, especialmente nas regiões industriais do norte do país.

Nesse contexto, surgiu uma forte resistência popular, expressa em greves, manifestações, movimentos sociais e culturais.

Um desses movimentos foi o punk, que se caracterizou por uma atitude contestadora, rebelde e anti-sistema, tanto na música quanto na estética.

O punk criticava a sociedade de consumo, a alienação, a opressão e a hipocrisia das instituições, como a igreja, a família e o estado.

Foi nesse cenário que os Smiths surgiram, como uma das bandas mais representativas e influentes da cena musical britânica dos anos 80.

Os Smiths se inspiraram no punk, mas também incorporaram elementos de outros gêneros musicais, como o rock dos anos 60, o folk, o reggae e o soul.

Suas letras, escritas pelo vocalista Morrissey, refletiam as angústias, as frustrações, as aspirações e as ironias de uma geração que se sentia marginalizada, desiludida e sem perspectivas.

Os Smiths puderam captar o espírito da época, e de se comunicar com um público que se identificava com a sua mensagem.



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Nas Ruas de Manchester - O Berço dos Smiths


Em 1982, em meio à efervescência musical de Manchester, quatro jovens talentosos se uniram para formar uma banda que deixaria sua marca na história do rock.

Morrissey, com sua voz única e peculiar, Johnny Marr, o mago das guitarras, Andy Rourke, o baixista sólido, e Mike Joyce, o baterista que dava o ritmo perfeito.

Juntos, eles eram The Smiths, prontos para conquistar o mundo com sua fusão única de rock alternativo e jangle pop.



Do Charming Man ao Mundo - O Sucesso Estrondoso dos Smiths


O sucesso dos Smiths foi rápido e avassalador, especialmente no Reino Unido. Álbuns aclamados pela crítica, como “The Queen Is Dead” e “Meat Is Murder”, solidificaram seu lugar na cena musical.

Os acordes cativantes de “This Charming Man”, a atmosfera única de “How Soon Is Now?” e a melancolia eterna de “There Is a Light That Never Goes Out” tornaram-se hinos que transcendem gerações.



Letras Profundas e Música Contagiante - O Estilo Inconfundível dos Smiths


O que tornava os Smiths tão especiais? A resposta está na combinação perfeita de letras introspectivas e irônicas com uma sonoridade que flutuava entre o melancólico e o vibrante.

Morrissey, com suas letras poéticas e por vezes mordazes, oferecia uma narrativa única, enquanto Johnny Marr eleva a experiência musical a outro patamar com seus riffs de guitarra inconfundíveis.

Algumas citações e trechos de letras dos Smiths para ilustrar os temas e as emoções que eles abordavam em suas canções.

A frase “I am human and I need to be loved, just like everybody else does” de “How Soon Is Now?” em português, “Eu sou humano e preciso ser amado, assim como todo mundo precisa”, essa frase expressa a busca por afeto e identidade dos jovens alienados.

A frase “And if a double-decker bus crashes into us, to die by your side is such a heavenly way to die” de “There Is a Light That Never Goes Out”, em português, “E se um ônibus de dois andares bater em nós, morrer ao seu lado é uma forma tão celestial de morrer”.

Essa frase mostra o romantismo trágico e a ironia dos Smiths, que preferem morrer com a pessoa amada do que viver sem ela.


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Curiosidades sobre The Smiths


Ah, The Smiths! Uma banda enigmática e cheia de peculiaridades que tornam sua jornada musical ainda mais fascinante. Vamos desvendar algumas curiosidades interessantes sobre esses mestres do rock alternativo:

Capas de Discos Sem Rosto - Uma Escolha Marcante

Diferentemente de muitas bandas que estampam suas faces nas capas dos álbuns, os Smiths optaram pelo mistério.

Nenhum membro da banda aparece nas capas de seus discos. Uma escolha deliberada que adiciona um toque de enigma à sua imagem, permitindo que a música fale por si mesma.

Flores como Símbolo de Rebeldia e Sensibilidade

As flores não são apenas elementos decorativos nos jardins; para os Smiths, elas são um símbolo carregado de significado.

Utilizando-as como ícones de rebeldia e sensibilidade, a banda adicionou camadas adicionais à sua persona.

Uma expressão artística que transcende o convencional, dando um toque de poesia visual à sua identidade única.

Diversidade de Influências Musicais - Um Caldeirão de Sons

Os Smiths não se limitavam a um único gênero musical. Suas influências eram vastas e diversas, abrangendo o rock dos anos 60, o folk, o reggae e o soul.

Ao mesclar esses estilos, a banda criou uma sonoridade única e eclética que cativou uma audiência igualmente diversificada.

Cada acorde e cada letra refletem o caldeirão sonoro que alimentava a criatividade dos Smiths.

Poesia em Letras e Melodias - A Marca Registrada dos Smiths

Não é apenas a musicalidade que define os Smiths, mas também suas letras poéticas. Morrissey, o vocalista, é conhecido por suas composições introspectivas e muitas vezes irônicas.

A combinação dessas letras profundas com melodias cativantes é a essência que transforma cada música em uma experiência única e memorável.

O Fim Prematuro - Uma Despedida Agridoce

Como muitas histórias no mundo da música, a jornada dos Smiths teve um fim prematuro em 1987.

A separação deixou os fãs em luto, mas também solidificou o status lendário da banda. O legado que deixou continua a inspirar músicos e a conquistar novos admiradores ao longo do tempo.



The Smiths - Uma Viagem Além da Música


Ao explorarmos essas curiosidades, é evidente que The Smiths não foram apenas uma banda, mas sim uma experiência completa.

Sua abordagem única à música, o simbolismo das flores, a escolha das capas de discos e a diversidade de influências formam um quadro intrigante e multifacetado.

The Smiths não são apenas músicos; são contadores de histórias que transcendem as barreiras do convencional.

Uma jornada além da música, que continua a encantar e surpreender, revelando sempre novas camadas de sua complexidade artística.



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A Separação - O Fim de uma Era


Infelizmente, como muitas grandes bandas, os Smiths não conseguiram manter a harmonia interna.

Em 1987, após uma série de desavenças, a banda anunciou sua separação, deixando fãs em luto e uma legião de admiradores que continuam a reverenciar sua obra.



O Legado dos Smiths - Influência que Perdura


Apesar do fim prematuro, o legado dos Smiths vive através da influência que exerceram sobre diversas bandas e artistas.

Sua abordagem única à música continua a inspirar gerações, moldando o cenário do rock alternativo e deixando uma marca indelével na história da música.



Um Brinde aos Smiths - Uma Jornada Musical Inesquecível


Em resumo, The Smiths não foram apenas uma banda; foram uma experiência musical. Sua capacidade de transcender fronteiras musicais e emocionar os ouvintes é verdadeiramente única.

Enquanto nos despedimos dessa jornada pelos corredores do tempo, brindemos aos Smiths, à sua música atemporal e ao impacto duradouro que tiveram no mundo do rock'n'roll.

Que a luz que nunca se apaga continue a brilhar nas mentes e nos corações dos amantes da boa música. 

Até a próxima, roqueiros!