04 julho 2023

THE BEE GEES

Os irmãos Gibb formam os The Bee Gees: uma banda que marcou gerações


Os Bee Gees foram uma das bandas mais populares e influentes da história da música pop. Formada pelos irmãos Barry, Robin e Maurice Gibb, a banda teve uma carreira longa e diversificada, passando por diferentes estilos e conquistando milhões de fãs pelo mundo.

Neste post, conheceremos um pouco mais sobre a trajetória dos Bee Gees, desde os seus primeiros sucessos até o seu legado musical.


Os irmãos Gibb formam os The Bee Gees: uma banda que marcou gerações. Eles começaram  tocando em pequenos clubes e rádios


Os primeiros anos: da Austrália para o mundo


Os irmãos Gibb nasceram na Ilha de Man e viveram alguns anos em Chorlton, Manchester, Inglaterra. Ainda crianças, mudaram-se com os pais para Brisbane, em Queensland, na Austrália em 1958.

Lá, eles começaram a se apresentar como um trio vocal, chamado inicialmente de BGs (uma abreviação de Brothers Gibb). Eles tocavam em clubes, rádios e programas de TV, misturando influências do rock, do folk e do country.

Em 1963, eles assinaram o seu primeiro contrato com a gravadora Leedon Records e lançaram o seu primeiro single, “The Battle of the Blue and the Grey”.

No ano seguinte, eles tiveram o seu primeiro hit na Austrália, “Spicks and Specks”, que chegou ao quarto lugar nas paradas. Em 1966, eles decidiram voltar para a Inglaterra, em busca de uma carreira internacional.


Album bee-gees-spicks-specks - The Bee Gees: uma banda que marcou gerações


O sucesso mundial: a era psicodélica e romântica


Na Inglaterra, os Bee Gees chamaram a atenção do produtor Robert Stigwood, que os contratou para a sua empresa e os promoveu como “os novos Beatles”.

Com o apoio de Stigwood, os Bee Gees lançaram uma série de singles e álbuns que fizeram sucesso no mundo todo, como “New York Mining Disaster 1941”, “To Love Somebody”, “Massachusetts”, “I Started a Joke” e “I've Gotta Get a Message to You”.

Os Bee Gees se destacavam pela harmonia vocal dos irmãos, especialmente pela voz aguda e vibrante de Robin Gibb.

Eles também mostraram versatilidade ao compor canções que variam do rock psicodélico ao pop romântico. No final dos anos 60, eles chegaram a ter três álbuns simultaneamente no top 20 dos Estados Unidos.


Album bee-gees-sing-play - The Bee Gees: uma banda que marcou gerações


A crise e a reinvenção: o surgimento da disco music


Apesar do sucesso comercial, os Bee Gees enfrentaram problemas internos no final dos anos 60.

Robin Gibb deixou a banda temporariamente em 1969, após desentendimentos com Barry Gibb sobre quem deveria ser o vocalista principal. Os dois irmãos lançaram álbuns solo, mas não obtiveram o mesmo êxito que tinham juntos.

Em 1970, os Bee Gees se reuniram e tentaram retomar a carreira, mas sem o mesmo impacto de antes.

Eles passaram por dificuldades financeiras e criativas, chegando a ser dispensados pela gravadora Polydor em 1973. Foi então que eles decidiram mudar radicalmente o seu estilo musical.

Inspirados pelo sucesso da música negra americana, os Bee Gees adotaram um som mais dançante e eletrônico, baseado no ritmo da disco music.

Eles também exploraram mais a voz em falsete de Barry Gibb, que se tornou a marca registrada da banda. Em 1975, eles lançaram o álbum Main Course, que incluía os hits “Jive Talkin'” e “Nights on Broadway”.


O auge da fama: a febre da disco music


O novo estilo dos Bee Gees foi consagrado em 1977, quando eles participaram da trilha sonora do filme “Saturday Night Fever”, estrelado por John Travolta.

O filme foi um fenômeno cultural que popularizou a disco music pelo mundo. A trilha sonora vendeu mais de 40 milhões de cópias e rendeu aos Bee Gees cinco prêmios Grammy, incluindo o de álbum do ano.

As canções dos Bee Gees para o filme, como “Stayin' Alive”, “How Deep Is Your Love”, “Night Fever” e “More Than a Woman”, se tornaram clássicos da música pop e símbolos de uma época.

Os Bee Gees aproveitaram o momento e lançaram outros álbuns de sucesso, como Spirits Having Flown (1979), que continha os hits “Too Much Heaven”, “Tragedy” e “Love You Inside Out”.


Album bee-gees-saturday-night-fever - The Bee Gees: uma banda que marcou gerações


O declínio e a resistência: o fim da disco music


No início dos anos 80, a disco music entrou em decadência, sendo rejeitada pelo público e pela crítica.

Os Bee Gees foram um dos alvos principais dessa rejeição, sendo acusados de serem comerciais e repetitivos.

Eles tentaram se adaptar às novas tendências musicais, como o rock e o new wave, mas sem o mesmo sucesso de antes.

Em 1983, eles anunciaram um hiato na carreira, dedicando-se a projetos solo e à produção de outros artistas.

Em 1987 voltaram a se reunir, com o álbum E.S.P., que teve um relativo êxito na Europa, graças à canção “You Win Again”.

Nos anos seguintes, eles lançaram mais três álbuns de estúdio: One (1989), High Civilization (1991) e Still Waters (1997).


álbum E.S.P. - The Bee Gees: uma banda que marcou gerações


O reconhecimento e o legado: a morte dos irmãos Gibb


Nos anos 90, os Bee Gees receberam diversas homenagens e prêmios por sua contribuição à música pop.

Eles foram incluídos no Hall da Fama do Rock and Roll em 1997 e no Hall da Fama dos Compositores em 1994. E também reconhecidos por artistas de diferentes gêneros, que gravaram ou samplearam suas canções, como Destiny's Child, Take That, Faith No More, Al Green e Wyclef Jean.

Em 2001, os Bee Gees lançaram o seu último álbum de estúdio, This Is Where I Came In, que mostrava uma sonoridade mais acústica e intimista.

No mesmo ano, eles fizeram a sua última apresentação ao vivo, em um show beneficente em Miami.

Em 2003, Maurice Gibb morreu aos 53 anos, vítima de uma complicação intestinal. Em 2012, Robin Gibb morreu aos 62 anos, após uma longa batalha contra um câncer. Barry Gibb é o único irmão sobrevivente da banda.

Os Bee Gees deixaram um legado musical impressionante, com mais de 200 milhões de discos vendidos, 20 canções que chegaram ao primeiro lugar nas paradas mundiais e mais de mil canções compostas.

Eles foram uma banda que marcou gerações com suas melodias envolventes, suas harmonias vocais impecáveis e sua capacidade de se reinventar musicalmente.


O irmão mais novo: a vida e a morte de Andy Gibb


Andy Gibb foi o irmão mais novo de Barry, Robin e Maurice Gibb, mas nunca chegou a fazer parte dos Bee Gees.

Ele começou a sua carreira musical na Austrália, em 1975, com o single “Words and Music”, que ele mesmo compôs.

Em 1976, ele se mudou para os Estados Unidos, onde foi apadrinhado pelo seu irmão Barry Gibb, que produziu os seus três primeiros álbuns: Flowing Rivers (1977), Shadow Dancing (1978) e After Dark (1980).

Andy Gibb teve oito singles que entraram no top 20 da Billboard Hot 100, sendo três deles número um: “I Just Want to Be Your Everything”, “(Love Is) Thicker Than Water” e “Shadow Dancing”.

Ele também fez duetos com Olivia Newton-John, como “I Can't Help It” e “Rest Your Love on Me”.

Andy ainda atuou em musicais como The Pirates of Penzance e Joseph and the Amazing Technicolor Dreamcoat, e apresentou o programa de TV Solid Gold.

No entanto, Andy Gibb teve problemas com drogas e depressão, que afetaram a sua carreira e a sua saúde.

Ele teve relacionamentos conturbados com as atrizes Kim Reeder, com quem se casou e teve uma filha, Peta Jaye; com Victoria Principal, quem rompeu em 1982; e Annette Martin, com quem estava noivo quando morreu. Ele também enfrentou dificuldades financeiras e processos judiciais.

Em 1988, Andy Gibb morreu aos 30 anos, vítima de uma inflamação no coração causada pelo abuso de cocaína. Ele deixou uma filha, uma noiva e três irmãos devastados pela sua perda.


Andy Gibb, irmão mais novo - The Bee Gees: uma banda que marcou gerações


As carreiras solo dos integrantes originais da banda


Além de trabalharem juntos como Bee Gees, os irmãos Gibb também tiveram carreiras solo ao longo dos anos.

Barry Gibb foi o que teve mais destaque como produtor musical, trabalhando com artistas como Barbra Streisand, Diana Ross, Kenny Rogers e Dolly Parton. Ele também lançou dois álbuns solo: Now Voyager (1984) e In the Now (2016).

Robin Gibb foi o que teve mais sucesso como cantor solo, lançando dez álbuns entre 1970 e 2012. Ele teve hits como “Saved by the Bell”, “Juliet” e “Boys Do Fall in Love”. Ele também se envolveu em projetos sociais e ambientais, sendo nomeado embaixador da Unicef em 2003.

Maurice Gibb foi o que teve menos projeção como artista solo, lançando apenas um álbum em 1984, chamado The Loner. Ele era mais conhecido por sua habilidade como multi-instrumentista, tocando baixo, guitarra, teclado e percussão nos Bee Gees. Ele também produziu alguns artistas, como Jimmy Ruffin e Lulu.